Washington – A companhia 21st Century Fox, parte do conglomerado do magnata australiano <a href="http://www.exame.com.br/topicos/rupert-murdoch"><strong>Rupert Murdoch</strong></a>, adquiriu a revista National Geographic Magazine por US$ 725 milhões.

Com a aquisição, a National Geographic Society, com sede em Washington e uma história de quase 130 anos, receberá uma grande injeção de fundos em troca de ceder o controle de sua publicação mais importante.

A partir de agora, o grupo <a href="http://www.exame.com.br/topicos/fox"><strong>Fox</strong></a> controlará 73% da revista, livros, mapas e outros meios da National Geographic. Também administrará canais de televisão e conteúdos digitais da National Geographic, que estava sofrendo financeiramente pela necessidade de investimentos para se adaptar à era do jornalismo digital e à internet.

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A versão em papel da revista da National Geographic tinha uma distribuição de 12 milhões de exemplares só nos Estados Unidos nos anos 80. Atualmente, são 3,5 milhões de assinantes americanos e outros 3 milhões fora do país.

Em uma reunião interna para explicar a operação, o diretor-executivo da instituição, Gary Knell, disse que continuar funcionando como um meio de comunicação obrigava a companhia a duros esforços financeiros e apresentava "um enorme risco existencial" para a sociedade de pesquisa e divulgação científica.

Desde 1997, os canais de televisão a cabo da National Geographic estavam sendo operados em conjunto com a Fox, e os lucros não pararam de crescer, até US$ 400 milhões no ano passado.

A revista da National Geographic, um ícone centenário da divulgação científica e que dependia de uma sociedade sem fins lucrativos, agora é comandada por um conglomerador internacional de comunicação em busca do lucro.

A mudança de orientação já tinha sido criticada por funcionários da National Geographic, que afirmavam que certos conteúdos televisivos com a marca da empresa continham duvidosos fundamentos científicos, centrados no sensacionalismo.

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Fonte: Revista Exame.

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